A educação na perspectiva da
inclusão está pautada no respeito às diferenças e deve ser uma educação de
qualidade para todos, além de oferecida por uma escola que garanta a qualidade
de ensino e recursos que garantam uma igualdade de oportunidade de aprendizagem
para todos os alunos (ARANHA, 2004, p.7, ALMEIDA et al., 2012).
Nesta atividade relato uma
experiência encontrada na internete (Pires, 2013) destinada às crianças com deficiência
visual (DV).
A atividade
descreve uma série de testes que permitiram às crianças identificar a
ocorrência de transformações das substâncias.
Para tanto o professor usou 4 frascos
de material transparentes, açúcar cristal, clara de ovo, água, gelo e palito de
fósforo. O procedimento foi realizado da seguinte maneira: em cada recipiente foi
acrescentado açúcar, clara de ovo, gelo e comprimido efervescente. Os alunos
devem, por meio de todos seus sentidos, apreender as propriedades que caracterizam
os materiais como cor, estado de agregação, forma de apresentação, odor,
temperatura, textura, etc. Observação: neste experimento todas as substâncias
podem ser tocadas, uma vez que os DV adquirem o conhecimento por meio dos
sentidos e o tato permite a manipulação, que por sua vez possibilita adquirir a
noção de forma, tamanho, peso, textura, temperatura, entre outras
características dos objetos.
No tubo contendo o comprimido
efervescente, adicione água e observe a efervescência. Peça aos alunos para
fazer silêncio para os alunos com DV conseguirem escutar o som da efervescência
(audição). Também devem colocar a mão sobre o recipiente para sentir os
respingos resultados da efervescência (tato).
Aqueça o recipiente que acomoda a clara de ovo e constate a desnaturação da proteína. Os alunos podem, após resfriamento, tocar na clara cozida para perceberem a mudança do estado físico (tato).
Aqueça o recipiente que acomoda a clara de ovo e constate a desnaturação da proteína. Os alunos podem, após resfriamento, tocar na clara cozida para perceberem a mudança do estado físico (tato).
No
recipiente com açúcar cristal, adicione água e atente-se para a dissolução após
agitação. Se empregada água potável e recipientes limpos, os alunos podem
provar a mistura e/ou manipulá-la, percebendo que antes da solubilização,
sente-se os cristais de açúcar na água (paladar e tato).
Risque o
palito de fósforo e observe o seu ascendimento. Os alunos DV devem empregar o olfato
para perceber a queima do fósforo e o tato para perceber que o palito passou
pelo processo de queima, com mudança significativa resultado da queima da
madeira do palito. Também, após alguns instantes de terminada a chama, pode-se
deixar tocar no palito para se perceber o calor produzido pela chama (tato).
No tubo contendo
gelo deve-se perceber a mudança de estado físico da matéria e pode-se pedir aos
alunos para tocarem no gelo, examinado sua consistência sólida e compacta e
comparando com sua consistência líquida após sua fusão (tato).
Deve-se realizar anotações das
propriedades iniciais e após a realização dos procedimentos indicados, atentando-se
a mudanças de cor, liberação de gases, exalação de odor, aparecimento e/ou um
novo estado de agregação da matéria, mudança de temperatura ou outras
alterações. Realizem discussões sobre a mudanças ocorridas.
Referências:
Almeida, L.
C.; Xavier, C. T. A.; Marinho, K. S. O. Ensino de física e educação inclusiva:
exemplo de uma sequência didática para a abordagem de conceitos da
eletrodinâmica. Ensino, Saúde e Ambiente, v.5 (2), pp. 102-113, 2012.
Aranha, M.
S. Educação inclusiva – a escola. Brasília: MEC-SEESP. 2004. Disponível em <
http://portal.mec.gov.br/seesp/arquivos/pdf/aescola.pdf>.
Acesso em: 15 de dezembro de 2016.
Pires, C.
S. Alunos com cegueira: características, aulas e recursos. Disponível em < http://porteiras.s.unipampa.edu.br/pibid2009/files/2013/11/ALUNOS-COM-CEGUEIRA-CARACTER%C3%8DSITICAS-AULAS-E-RECURSOS.pdf>.
Acesso em: 10 de dezembro de 2016.